quinta-feira, 25 de março de 2010

Reunião do Conselho Municipal da Juventude de 20 de Março


Reuniu no passado Sábado, 20 de Março, o Conselho Municipal da Juventude de Penafiel, após solicitação do grupo municipal do Partido Socialista para debater as três propostas sobre políticas de juventude apresentadas pela Juventude Socialista na última reunião da Assembleia Municipal.
Foram colocados a debate, o programa municipal de estágios, o programa de empréstimos de livros escolares para o ensino obrigatório, bem como a Casa da Juventude.

Segundo Bruno Teixeira, Presidente da Juventude Socialista de Penafiel, esta reunião voltou apenas a ser mais do mesmo, “ Já não bastava o Conselho Municipal da Juventude reunir apenas sob solicitação, que ainda por cima continuamos a assistir a um conselho completamente instrumentalizado, e cujo único objectivo das juventudes partidárias ligadas à maioria autárquica consiste apenas em defender o executivo, mesmo que isso signifique pôr de parte, aquilo que consideramos ser excelentes propostas para os jovens penafidelenses.”

O Presidente do Conselho, e simultaneamente vereador do pelouro da Juventude, Antonino de Sousa, desvalorizou as propostas, considerando que estas não são prioridades da autarquia, remetendo para o governo a resolução destes problemas.

“ A JS conhece bem a aposta do governo na criação de estágios para jovens, e cujo a taxa de empregabilidade desses programas ronda os 70%. Agora achamos que o poder local tem a obrigação de apostar em programas similares, de sucesso reconhecido, para promover a inserção profissional dos jovens penafidelenses, de forma a complementar estes programas. Não entendo como é que a Câmara Municipal, numa altura de crise , não queira disponibilizar alguma da verba disponível, para a fomentação do emprego jovem qualificado.”

Relativamente ao programa de empréstimo de manuais escolares e à Casa da Juventude, Bruno Teixeira, apenas lamenta “ a cegueira política da JSD e da JP”, recomendando à juventude penafidelense que “ se una em torno da defesa destes projectos, e que olhos nos olhos confronte a Câmara Municipal na defesa dos seus interesses.”

quinta-feira, 18 de março de 2010

Artigo de opinião - Jornal Fórum - 18 de Março - Bruno Teixeira

A 3 de Agosto de 1850 entrou em vigor a "Lei das Rolhas" em Portugal. António de Oliveira Salazar era um devoto da ideia. Segundo ele "Os homens, os grupos e as classes vêem, observam e estudam os acontecimentos à luz do seu próprio interesse. E só uma entidade, por dever e posição, tudo tem de ver à luz do interesse de todos".

Ora bem, não podia estar mais feliz o ditador. O PSD, partido que tanto se queixa de prepotência do Governo e da omnipresença do Primeiro-Ministro nos media, defende que a liberdade de expressão tem uma serventia extrínseca à sua dinâmica. Aplica-se quando e se estiver em causa o dizer mal dos outros. Derroga-se quando e se estiver em causa o dizer mal dos próprios.

Acontece que num rasgo infeliz, Pedro Santana Lopes, numa demonstração do espírito democrático de que diz tão insuflado, arma um festim de mau senso político e de show-off inoportuno.

A alteração estatutária proposta por Pedro Santana Lopes determina que ninguém pode criticar a direcção do PSD nos dois meses que antecedem as eleições. Foi esta a convenção ante-nupcial proposta por Pedro Santana Lopes e aprovada pelo PSD. Um ano antes vale tudo, até arrancar olhos, mas partindo do pressuposto que o povo tem memória curta, só contam os 60 dias antes do casamento. Depois, haja infidelidade!

É este o partido que reclama a liberdade de expressão? Onde está a alma destes livre pensadores? Há livres pensadores no PSD? Este não é um partido de livres pensadores, muito menos um partido de poetas. Este é um partido que agora penaliza os delitos de opinião e em que o valor da lealdade partidária se sobrepõe ao da individualidade e ao da liberdade pessoal.

E registe-se, não foi apenas Pedro Santana Lopes que fez com esta norma fosse aprovada, foi todo o PSD que no seu órgão máximo, em Congresso Nacional, democraticamente escolheu calar os seus dissidentes com 352 votos favoráveis, 102 abstenções e apenas 76 votos contra.

Isto, vindo de um partido que transporta a bandeira da asfixia democrática como se de uma santa missão se tratasse e sempre que pode a grita aos sete ventos.

Provavelmente tudo isto apenas não passou de uma reacção à última sondagem realizada que coloca o PS novamente muito próximo da maioria absoluta, com 41% das intenções de voto.

terça-feira, 9 de março de 2010

TRANSCRIÇÃO - ARTIGO DE OPINIÃO DE BRUNO TEIXEIRA NFM 89.2 - 9 DE MARÇO 2010

Celebrou-se ontem o Dia Internacional da Mulher. Nesse dia, todo o espectro político, da esquerda à direita, exclama a uma só voz a necessidade de pugnarmos em conjunto, para um mais rápido avanço, rumo a uma plena e efectiva igualdade entre homens e mulheres.

Lamentavelmente, passada a efeméride, este tema tende a cair no esquecimento, principalmente pelos partidos à direita do PS. É sabido que o Partido Socialista, que ainda recentemente foi distinguido pela Comissão Europeia por promover uma maior participação da mulheres na vida política activa, desde sempre esteve na linha da frente do combate contra a descriminação de género.

Exemplo disso, foi a “lei de paridade” que permitiu com que as mulheres pudessem por decreto terem o direito a integrar as listas candidatas aos órgãos de soberania. No entanto, e no plano autárquico, assistimos ao fenómeno das candidatas fantasma. Isto é, mulheres que integravam as listas nos lugares legalmente exigidos, mas chegado o momento da tomada de posse, renunciavam ao mandato e eram substituídas pela pessoa seguinte, na generalidade alguém do sexo masculino.

Curiosamente, ou talvez não tanto, isto acabou por acontecer na larga maioria das vezes, em listas ligadas à direita política portuguesa. Todos nos lembramos da guerrilha política que o PSD e do CDS travaram aquando da aprovação da lei da paridade, por não concordarem com este instrumento de descriminação positiva, o que de certa forma acaba por explicar o ocorrido.

Se, nos nossos dias, aos olhos da lei, não existem quaisquer diferenças entre homem e mulher, a prática acaba por demonstrar que ainda existem preconceitos relativamente ao papel da mulher na sociedade.

É esse preconceito que tem de ser combatido ao longo dos 365 dias do ano e não apenas lembrado, por que o politicamente correcto assim o exige, anualmente no dia 8 de Março.

Temos ainda de ultrapassar muitas barreiras referentes à tolerância e à igualdade. O combate pela importância da igualdade de género e de qualquer tipo de igualdade referente ao credo, à raça, à ideologia ou à orientação sexual é um combate que deve envolver toda a sociedade civil. Um mundo mais tolerante é, de certeza, um mundo mais desenvolvido.

Contem com o empenho do PS neste combate.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Transcrição do Artigo de Opinião de Bruno Teixeira - Radio NFM 89.2 - 2 de Março 2010

O adiamento da construção do troço do IC35 que abrange vários concelhos do distrito do Porto, não tem tido, e compreensivelmente, uma boa aceitação por parte dos variadíssimos agentes políticos da região. Independentemente da sua filiação partidária, é unanimemente reconhecido que esta deve ser uma questão supra-partidária e que consequentemente deve ser objecto de uma atitude responsável, sem tiradas demagógicas e oportunistas. A profunda convicção deste ser um investimento público com excelentes perspectivas para o desenvolvimento económico dos concelhos abrangidos, deve por consequência unir os diversos partidos de forma a alertar o governo para a importância de tal investimento

Em Penafiel, foi apresentada na última assembleia municipal, uma moção pela coligação PSD/CDS-PP alusiva a esta situação. O grupo municipal do PS afirmou desde o primeiro instante concordar com o teor geral da mesma, e demonstrou abertura para votar favoravelmente o documento pondo desta forma os interesses dos penafidelenses acima dos interesses partidários. Como é usual neste tipo de circunstâncias procura-se sempre alinhar o conteúdo da moção de forma a que seja reflectida a posição dos várias sensibilidades políticas.

Lamentavelmente o Presidente da Assembleia Municipal em substituição, perante a agitação demonstrada pela bancada laranja, optou por recusar a proposta de revisão do documento, impedindo mesmo o grupo municipal do PS de apresentar uma moção alternativa, que defenderia a mesma posição, com apenas uma pequena alteração. Perante esta recusa do Presidente da Assembleia Geral em Substituição, ficou claro que o único interesse da bancada da coligação era provocar o voto contra do Partido Socialista.

Numa atitude responsável, não podendo pactuar com posições que apenas servem para descredibilizar a política local, o grupo municipal do PS Penafiel abandonou, e bem, a sala durante a votação da moção, como forma de protesto pela manifesta falta de isenção demonstrada pelo Presidente da Assembleia Municipal em Substituição.

É primordial que a coligação PSD/CDS-PP perceba da importância do bom funcionamento de um órgão tão nobre como é Assembleia Municipal, tendo certamente de rever os critérios utilizados para a avaliação das competências das pessoas que colocam em lugares de destaque.