Celebrou-se ontem o Dia Internacional da Mulher. Nesse dia, todo o espectro político, da esquerda à direita, exclama a uma só voz a necessidade de pugnarmos em conjunto, para um mais rápido avanço, rumo a uma plena e efectiva igualdade entre homens e mulheres.
Lamentavelmente, passada a efeméride, este tema tende a cair no esquecimento, principalmente pelos partidos à direita do PS. É sabido que o Partido Socialista, que ainda recentemente foi distinguido pela Comissão Europeia por promover uma maior participação da mulheres na vida política activa, desde sempre esteve na linha da frente do combate contra a descriminação de género.
Exemplo disso, foi a “lei de paridade” que permitiu com que as mulheres pudessem por decreto terem o direito a integrar as listas candidatas aos órgãos de soberania. No entanto, e no plano autárquico, assistimos ao fenómeno das candidatas fantasma. Isto é, mulheres que integravam as listas nos lugares legalmente exigidos, mas chegado o momento da tomada de posse, renunciavam ao mandato e eram substituídas pela pessoa seguinte, na generalidade alguém do sexo masculino.
Curiosamente, ou talvez não tanto, isto acabou por acontecer na larga maioria das vezes, em listas ligadas à direita política portuguesa. Todos nos lembramos da guerrilha política que o PSD e do CDS travaram aquando da aprovação da lei da paridade, por não concordarem com este instrumento de descriminação positiva, o que de certa forma acaba por explicar o ocorrido.
Se, nos nossos dias, aos olhos da lei, não existem quaisquer diferenças entre homem e mulher, a prática acaba por demonstrar que ainda existem preconceitos relativamente ao papel da mulher na sociedade.
É esse preconceito que tem de ser combatido ao longo dos 365 dias do ano e não apenas lembrado, por que o politicamente correcto assim o exige, anualmente no dia 8 de Março.
Temos ainda de ultrapassar muitas barreiras referentes à tolerância e à igualdade. O combate pela importância da igualdade de género e de qualquer tipo de igualdade referente ao credo, à raça, à ideologia ou à orientação sexual é um combate que deve envolver toda a sociedade civil. Um mundo mais tolerante é, de certeza, um mundo mais desenvolvido.
Contem com o empenho do PS neste combate.
1 comentário:
só uma pergunta:
Este blog é da JS Penafiel, ou é um blog de promoção do seu presidente, tantos que são os artigos de opinião aqui publicados.
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